O QUE SERÁ FEITO DURANTE A ELETIVA?
Apresentação da proposta
A disciplina se inicia com uma escuta coletiva do território: o corpo, a escola e o Rio Meia Ponte como presenças interligadas. A introdução aos conceitos de autobiografia, autoficção, máscara e fotoperformance será feita a partir da ideia de fluxo, memória e transformação – tanto interna quanto externa.
Exploração teórica e sensível
Leitura de textos autobiográficos e autoficcionais, intercalada com análise de performances e obras visuais que mobilizam o corpo, o território e a máscara como linguagem simbólica. O rio será abordado como metáfora e presença concreta: linha de tempo, margem, travessia e testemunha. Os estudantes serão convidados a observar, escutar e registrar o Meia Ponte em diferentes momentos.
Oficinas de escrita e criação poética
Produção de textos autorais inspirados pela relação com o rio: o que ele revela, oculta, carrega ou transforma. A escrita será atravessada por vivências corporais, memórias pessoais e experiências coletivas de incursão ao rio.
Criação de máscaras-personagem
A partir dos textos produzidos, os estudantes criarão máscaras com materiais acessíveis, associando suas personagens a elementos simbólicos ligados ao Meia Ponte (água, vegetação, lixo, correnteza, silêncio, resistência). As máscaras serão expressões híbridas entre o “eu” e o rio.
Incursões ao Rio Meia Ponte
Realização de caminhadas sensíveis, escutas ambientais, registros fotográficos e ações performáticas nos arredores e nas margens acessíveis do Meia Ponte. As incursões serão momentos de criação, observação crítica, coleta de imagens, sons e palavras, em diálogo com o processo artístico dos estudantes.
Sessões de fotoperformance
Registros fotográficos de ações performáticas com as máscaras em diferentes cenários: dentro da escola, no entorno imediato e, especialmente, nos pontos de contato com o rio. O corpo em cena será atravessado pela paisagem, refletindo sua poética ou suas feridas.
Curadoria coletiva
Seleção conjunta de textos, imagens e fragmentos sonoros ou visuais produzidos nas incursões. Organização de um e-book ou fotorrelato digital que entrelace narrativas pessoais e fragmentos do rio como um corpo comum em fluxo.